O professor Olavo de Carvalho em seu excelente livro Aristóteles demonstra de forma brilhante a gênese do conhecimento humano. Ele começa salientando que para Aristóteles: "sem os cinco sentidos o homem não saberia nada, seria opaco". Assim Aristóteles seria um empirista.
Mas, só com os sentidos o homem viveria de forma permanente no aqui e agora. Estaria preso no instante. No entanto, o homem ser privilegiado tem a memória (privilegiada memória), capaz de armazenar em forma de imagens todos acontecimentos. Eis o primeiro ato para a jornada do conhecimento. Contudo só memória não seria suficiente para produzir conhecimento.
O homem, portanto, além de acumular fatos, pensa mas pensa no geral, desta forma ficaria um imenso vaco entre memória e pensamento inviabilizando o conhecimento. Então entra em cena a imaginação que funciona como ponte entre memória e pensamento. Logo imaginação é o terceiro ato na formação do conhecimento.. Posto que ela funciona como ponte entre memória e pensamento, organizando e gerando estratégias de definições específicas. Assim, Aristóteles passou a ser um racionalista. No livro do professor Olavo de Carvalho ele apresenta o seguinte esquema do conhecimento : "Para Aristóteles, é uma unidade orgânica que vem das sensações, passa pela imaginação, se eleva ao pensamento e chega à organização racional do mundo, sem salto nem descontinuidade, do mesmo modo o método do conhecimento, o Organon ou instrumento metodológico que estrutura a atividade científica". Fantástico! Todo este conhecimento século IV a.C e ainda está super atual, pena que grande parte dos escritos deste gênio foram extraviados.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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