A vida é como uma projeção cinematográfica as cenas vão passando diante do homem que vê a projeção; o que lhe é agradável, ele quer reter, enquanto o desagradável, ele quer se desfazer.
No entanto, existe arraigado na concepção desse ente humano alguns valores ou esperanças bastante confusas: (A ideia de permanência e vida para sempre; a transitoriedade das cenas, todas passando céleres sem qualquer possibilidade do homem efetivamente controlá -las; a busca pelo sagrado, como solução no sentido de parar as cenas, retê - las para sempre, ou a formação do constante vir a ser). Tais ideias ocupam a interioridade do ser humano, e tal aspecto representa seu mundo interior, mundo mental; mundo dos pensamentos, eis a subjetividade humana.Tal mundo interior abriga as memórias, as inquietações, as crenças, ela tem um poder muito forte para determinar a ação do sujeito sobre o objeto. Subjetividade, ocorre na mente humana,em sua intimidade, como uma forma de vivência das ideias fruto das cenas, pensamentos, lembranças, memórias. Assim as cenas da projeção representam os fatos, ocorridos, acontecimentos na vida de cada pessoa, alguns festivos, apreciados, enquanto, outros indesejados, repelidos, estes acontecimentos ocorrem no processo de relação do homem com o mundo de fora.
Portanto, objetividade representa o mundo exterior, mundo das coisas, dos objetos, das relações, mundo dos papéis, das máscaras sociais, mundo do tempo, espaço, mundo real, mundo regido pela causa e efeito,( mundo de fora). Qual a relação entre subjetividade e objetividade? Acredito que estes mundos funcionam concomitantemente.De acordo com que Kant afirmou em sua crítica da Razão Pura ( o conhecimento ocorre através dos sentidos, pela experiência, através da relação do homem com o mundo de fora; Kant também salientou que o homem tem alguns conhecimentos apriorístico, ( aqueles que não necessitam da experiência,como: tempo, espaço casualidade), portanto, Kant demostrou a importância da subjeitvidade,e da objetividade no processo epistemológico.
Visto que só através do conhecimento que o ente humano poderá compreender a si mesmo, compreender sua relação com o mundo de fora. Assim, a intuicão, ( mundo subjetivo), e ação, (mundo objetivo), são como duas faces de uma moeda, para que uma exista a outra terá que existir. Pois, enquanto o homem trabalha sua subjetividade elaborando pensamentos; construindo racionalizações, ou mesmo tecendo suas ideias; o mundo lá fora não para, os relacionamentos continuam se processando, as coisas, os objetos ocupando o espaço. Mas,tudo é vi a ser para o homem, (em um constante passar.suceder), o Interessante é que o mundo objetivo é de uma forma bem evidente alimentador das operações da subjetividade. Este processo de constante elaboração mental é permanente , até o momento da morte, o instante final, (neste instante infinitesimal ocorre o findar dos dois mundos).
Do exposto surge a interrogação: o homem tem alguma capacidade de alterar de fato este quadro existencial? Infelizmente não, pois mesmo sendo livre existencialmente o ente humano só consegue atuar em algumas transformações bastante superficiais, mas não tem a menor possibilidade de mudar a logísticas das coisas, como alterar o modelo de constante fluír de acontecimentos, tampouco a possibilidade de parar o mundo da elaboração de pensamentos, impressões, ideias; principalmente parar o findar de tudo.O homem evidentemente tem buscado de forma angustiada encontrar respostas para a problemática da existência humana,de várias formas, ( acreditando em Deus, religiões , construindo filosofias explicativas, engajando-se em projetos sociais de melhoramento da vida, enfim realizando uma imensidade de tarefas), mas infelizmente é como a pessoa tratar um câncer com um esparadrapo, totalmente ineficaz. Então o que fazer? acredito, que o mais importante é a compreensão e aceitação dos dois mundos, vivênciá -los com sabedoria, sem buscar interferir no processo, sendo apenas uma testemunha apenas compreendendo a impermanência, mas vivendo intensamente cada instante celebrando todos os momentos, acontecimentos. Sem elaborar teorias de salvação ou de justificação, ou de negação total, apenas acatando sua incapacidade humana de entendimento da exuberância do viver. Finalizando este texto, afirmo que estes mundos são como os dois lados de uma moeda, são diferentes, mas um só existirá caso o outro existir.
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