Este texto foi fundamentado no Livro Cidade Antiga de Fustel de Coulangens. É importante compreender que a cidade antiga refere-se as cidade Gregas e romanas no ano dois mil a.C ou seja, tal sociedade existiu há 4017 anos, portanto é tempo demais.
Os gregos e os Romanos desta época cultuavam os mortos, e, o fogo sagrado. No que concerne aos mortos ocorria o seguinte: "Os descendentes mortos eram adorados, venerados como deus da família". Assim, os vivos adoravam os seus mortos, ofereciam oferendas, banquetes, bebidas, posto que os gregos antigos acreditavam que quando a pessoa morria teria uma segunda vida, aqui mesmo, dentro do túmulo, por isso os mortos eram enterrados com seus pertences.
No entanto, é importante para maior esclarecimento do leitor, salientar que tal sociedade existiu muito antes da filosofia surgir na Grécia, e antes dos pre socráticos. Outrossim, Informo que nesta época não existia deus da cidade, a religião era da família,(não existia na época religião pública) todos antepassados mortos eram deuses da família, e cada família tinha seus deuses que eram seus descendentes, existia um pacto entre vivos e mortos...
Os Gregos denominavam tais deuses de dêmonio e herói. Mas, Quem era o responsável pelo culto do deus da família? O responsável era o filho homem mais velho, ou seja, o primogênito. Outra pergunta importante, como era realizado o casamento nesta época?
Como as famílias eram isoladas, por que nenhum estranho poderia adentrar à casa, visto que na propriedade da família eram sepultados seus mortos que se transformavam em deuses da família.(Nesta época não existia cemitério). Ademais, como a mulher ocupava um papel insignificante, ela era obrigada a cultuar o deus do pai, pois, não podia cultuar nenhum deus por ela mesmo, assim, quando solteira cultuava o deus do pai, após casar cultuava o deus do marido, quando ficava viuva quem passava a cultuar o deus da família era seu filho mais velho.
Desta forma, o pai da noiva realizava um ritual de desligamento da filha do deus da família, posteriormente o futuro marido levava a noiva nos braços para o interior de sua propriedade, e fazia um ritual ligando a mulher ao deus da sua família. Após este ritual a mulher deixava de ser filha tornando-se uma estranha para sua família sanguínea. Porque, os laços familiares eram determinados pelo culto dos deuses.
Contudo é Importante a compreensão que a família da Grécia antiga era constituída para ser eterna, pois, cultuava os mortos e o fogo sagrado, assim, caso a família findasse os mortos não seriam cultuados,seria horrível. Portanto o casamento tinha como principal finalidade procriar descendentes, devido a isso, quando a mulher era esteril, o casamento era anulado, mas quando era o homem o esteril, ele solicitava que um parente engravidasse sua esposa. Outro aspecto importante é no caso da adoção de uma criança, o pai adotivo realizava o ritual ligando esta criança ao deus da familía. Com relação a propriedade da família, o que acontecia? Nesta sociedade a propriedade da família não podia ser vendida, pois, nela estava o túmulo dos antepassados e o altar do fogo sagrado.
Outro aspecto forte marcava o relacionamento entre vivos e mortos,era o medo dos vivos da fúria dos antepassados mortos, logo,os vivos não negligenciavam suas responsabilidades religiosas tinham medo da maldição dos mortos. No entanto, após esta explicação sobre a cidade antiga surge a pergunta: Quais as principais diferença entre os Gregos antigos e nossa sociedade? Como os Gregos acreditavam em uma segunda vida no túmulo, eles não tinham o medo da morte, fato que não ocorre em nossa sociedade. Os gregos antigos não cultuavam um deus antropomórfico e monoteísta, ( tal crença só surgiu muito tempo depois). Eis a cidade antiga.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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