Blaise Pascal, (1623-1662), filósofo bastante arraigado ao catolicismo acreditava no dogma do pecado original, para Pascal o homem adentra ao mundo com pecado (desvio moral). Santo Agostinho em sua obra confissões salientou: " vi uma criança de peito com olhar de inveja". Portanto, Pascal era obsediado pela ideia de condenação eterna (inferno). Assim, Tal visão sobre um Deus poderoso que nåo perdoava o pecador, que por causa de alguns anos de pecado era condenado a uma eternidade queimando no inferno. Quanto suplício! Esta pedagogia da igreja na época era a pedagogia do medo, do pavor do inferno. Controle do homem através do inferno. Agindo desta forma a igreja católica foi abusiva.
Portanto, Pascal não entendia o desprendimento e até o ceticismo de Montaigne, que era um estoíco um ser sem questionamentos, que nutria uma visão realista sobre a morte, mas sem esta mórbida preocupação com o pós morte. O trágico desta forma de pensar é o que Nietzsche denominou de niilísmo: "negar a vida por causa da ideia". No entanto, esta crença mórbida de Pascal foi responsável por sua visão pessimista sobre a humanidade. Uma vez que para o filósofo todo o mal, pecado da humanidade era decorrente do pecado de Adão e Eva. Herança maldita!
Contudo, pascal salientava se caso existisse dúvida sobre a existência de Deus, o ente humano poderia viver convicto de que Deus não existia desta forma poderia viver de qualquer maneira porque, como não existe Deus, não existirá vida pós morte. Contudo, Pascal bastante católico temia profundamente a condenação eterna. Assim ele salientava que caso o homem optasse pelo caminho da descrença e Deus existisse, a escolha errada seria profundamente catastrófica, porque tal escolha produziria um castigo bastante cruel, o inferno eterno.
Portanto, seria bem mais prudente a opção pela crença em Deus, porque se Deus não existisse seu sacrifício religioso teria sido diminuto. Além de após a morte você não estaria presente para enfrentar a escolha errada. Para as pessoas sem fé pascal sugeria que tal pessoa praticasse a religião: Indo a missa, comungando, realizando todo procedimento com certeza esta pessoa seria preenchida pela fé. Interessante o filósofo afirmou entre 1623 -1662,atualmente tal princípio é defendido pela programação Neurolinguística.(agir como se).
Pascal que desde o nascimento foi marcado pela debilidade física faleceu bem moço, com trinta e nove anos. Contudo, mesmo vivendo pouco ele foi: Filósofo, cientista, inventor, matemático. Mas pascal viveu a época da supremacia da religião que utilizava a poderosa arma do medo para forçar as pessoas a professarem o catolicismo, assim Pascal viveu marcado pela culpa e um terrível medo do inferno.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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