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Controle!

      O controle é a  doença  do século. Hoje na sociedade humana prepondera o controle, querer controlar o outro é uma compulsão do homem. Ziygmunt Bauman definiu nossa sociedade como: " uma sociedade líquida". Onde tudo é passageiro, com preponderância da tecnologia da informação  transformando o mundo em uma aldeia  global.  Na sociedade pós moderna existe um anseio  generalizado por "felicidade" e uma repulsa ao sofrimento,  por isso as relações  são efêmeras. Hoje é comum uma sequência  de casamento e divórcio, tudo por causa da compulsão do controle.
          No entanto o homem tem algum poder, controle sobre si, mas sobre os outros é zero controle. Assim, nas relações com os outros tudo tem que ocorrer via convencimento. Nada ocorre de forma permanente via controle. Posto que como muito bem afirmou Sartre: " o homem é condenado a liberdade". Portanto,  viver buscando o controle é o caminho do caos emocional e do sofrimento.  O controlatra acredita que sabe  a melhor maneira do outro viver,  esquece que toda  "verdade" transmitida pelo outro se transforma em mentira. Não tem valor!  "Você poderá  retruncar afirmando,  tudo que faço é para o bem do outro, para protegê - lo".  Mas, a não ser que o outro seja cem porcento incapaz, só ele tem o poder sobre si, tem de escolher como melhor viver. O controle mata todo sentimento nobre, além de causar muita infelicidade. Logo, o ideal de uma boa relação  é não controlar e não permitir que outro te controle. Simples!  Mas na prática é muito complicado. Viver sem apego e controle é respeitar a si e o outro.  Fuja das pessoas que buscam pensar por você, decidir por você, porque tal pessoa o que quer mesmo é  te controlar.

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