O controle é a doença do século. Hoje na sociedade humana prepondera o controle, querer controlar o outro é uma compulsão do homem. Ziygmunt Bauman definiu nossa sociedade como: " uma sociedade líquida". Onde tudo é passageiro, com preponderância da tecnologia da informação transformando o mundo em uma aldeia global. Na sociedade pós moderna existe um anseio generalizado por "felicidade" e uma repulsa ao sofrimento, por isso as relações são efêmeras. Hoje é comum uma sequência de casamento e divórcio, tudo por causa da compulsão do controle.
No entanto o homem tem algum poder, controle sobre si, mas sobre os outros é zero controle. Assim, nas relações com os outros tudo tem que ocorrer via convencimento. Nada ocorre de forma permanente via controle. Posto que como muito bem afirmou Sartre: " o homem é condenado a liberdade". Portanto, viver buscando o controle é o caminho do caos emocional e do sofrimento. O controlatra acredita que sabe a melhor maneira do outro viver, esquece que toda "verdade" transmitida pelo outro se transforma em mentira. Não tem valor! "Você poderá retruncar afirmando, tudo que faço é para o bem do outro, para protegê - lo". Mas, a não ser que o outro seja cem porcento incapaz, só ele tem o poder sobre si, tem de escolher como melhor viver. O controle mata todo sentimento nobre, além de causar muita infelicidade. Logo, o ideal de uma boa relação é não controlar e não permitir que outro te controle. Simples! Mas na prática é muito complicado. Viver sem apego e controle é respeitar a si e o outro. Fuja das pessoas que buscam pensar por você, decidir por você, porque tal pessoa o que quer mesmo é te controlar.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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