Sartre em sua obra prima,o Ser e o Nada, afirmou: " Deus não existe, o homem não foi criado, por um deus, ele brotou, surgiu do nada"! Portanto, tudo começa com o nascimento,com a existência, por isso, a filosofia sartriana foi denominada existencialista.
Entretanto, fica a grande questão: O que é o homem? Será apenas um animal? Fruto do acaso? Será filho de um Deus? Será produto de um infindável processo de seleção natural? São muitas as perguntas, porém, as respostas são fracas, confusas, ansiosas, porque uma verdade pontifica, (o homem nada sabe). Suas respostas apenas sinalizam desejos, medos, esperanças, por que em sua subjetividade prevalece a certeza do findar.
Ademais, tal certeza, deixa o ente humano convicto sobre sua real condição de finitude, visto que na vida, na cotidianidade, o homem compreende a transitoriedade que transforma os episódios em memória. Eis, um fato! Assim, surgem as perguntas: o que é pensamento? O que é memória? Apesar de produzir recordação, apesar de despertar emoções, despertar sentimentos, na realidade memória é intocável, apenas está guardada. Porém, sinaliza o processo de nadificação de tudo. Já pensamentos são nuvens, surgem e logo desaparecem! Alguns são pesados, medonhos! Outros são amenos, melhores! Mas, o homem pensa pouco, apenas recebe pensamentos de acordo com seu estado de espírito.
Contudo, cada instante, cada momento, desemboca na imensidão do nada.Tudo passa! Até a memória enfraquece. Assim, apesar do homem temer o morrer, a cada instante, ele vivencia o morrer de cada momento, porque a vida é um interminável processo do findar. No entanto, o homem prefere alimentar a ideia de grandiosidade, de eternidade, de permanência, por isso, tanto sofrimento emocional. Então o que fazer diante a transitoriedade? Só existe um caminho que é agradecer a cada instante, mas não segurá-lo, porque é fundamental aceitar que tudo um dia acaba. Portanto, só resta ao homem viver sem nada segurar, permitindo que cada momento seja finalizado.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário e sugestão ,muito nos honra seu acesso ,Seu comentário é nossa melhor forma de melhorar as postagens, obrigado!