Admiração e espanto a alma da filosofia!

         Platão, discípulo de Sócrates, criador da filosofia, salienta que a filosofia começa com a admiração, enquanto Aristóteles, discípulo de Platão afirmava que a filosofia inicia com o espanto; Mas, qual o real sentido destas palavras? Admiração surge através do novo, do inusitado, quando o ente foge do embotamento; assim, admirar-se é surpreender-se, fugir do trivial; fugir da banalização, mas infelizmente a educação eliminou  o encantamento, logo a criança é condicionada, levada bruscamente à aridez do costume, do hábito, matando o novo, à expectativa do raro, extraordinário. Desta forma o por do sol , as exuberâncias da existência são nadificadas através do hábito.
         Enquanto, o  espanto é admirar-se demais, é a culminância da admiração, como observamos em nossa época, ( o real é o costume). Destarte, em nossa pós modernidade a filosofia perde força porque a sociedade humana é tacanha,  além de bastante embotada. Não obstante, o embotamento espiritual,  o ente humano tem anseio pelo novo, pelo inusitado, por sensações, emoções, como não ousa admirar-se de forma natural, busca nas drogas à pujança para quebrar a couraça do embotamento, assim, por causa desta situação presenciamos um alarmante crescimento das drogas sendo hoje uma verdadeira pandemia, dizimando jovens em sua plenitude, assim, os exemplos saltam ao nossos olhos, a cada instante. 
     Porquanto é essencial o respeito pela criança, estabelecendo uma educação não competitiva, mas, acima de tudo, uma educação que desperte na criança à busca pelo o novo, valorizando o interesse pelo o novo. Porque os adultos já estão por demais contaminados pela banalização,tudo ficou opaco embotado. Portanto, a filosofia  que desde quatro séculos antes de Cristo, já chamava atenção do valor do admirar-se deveria ser obrigatoriamente ministrada nas escolas  à  partir dos sete anos  de vida da criança. Pois, não vejo outra alternativa, para tornar  o homem mais alegre, mais feliz.