Julgar é um ato bastante nocivo ao julgador, como também ao julgado. Posto que julgador é um ser que ao julgar ( no sentido de condenar) está se arvorando de uma superioridade que não existe.Visto que se existisse não haveria julgador. Portanto, o ato de julgar qualquer pessoa além de não produzir efeito prático corretivo, coloca o julgado na defensiva, porque é da natureza humana acreditar que sempre tem razão. No entanto, o homem tem uma natureza julgadora.Por isso a todo momento está julgando,e, muitas vezes julgando sem a correta informação sobre o que está julgando.
No cristianismo existe uma reprovação direta ao ato de julgar, não faltam mensagens combatendo o julgamento, vomo: "não julgueis para que não sejais julgados" ou "na medida que julgais serás julgado". Jesus Cristo foi colocado a prova, quando uma multidão queria apedrejar Maria Madalena por adultério. Diante desta cena Jesus silenciou, depois afirmou: "Quem não tem pecado atire a primeira pedra. Todos pararam! Nenhuma pessoa atirou a pedra. Eis a comprovação de que ninguém pode ou deve julgar o outro, a não ser que não tenha pecado...
Contudo, Freud descreveu dois processos diante a culpa: transferência e projeção. A projeção explica que a culpa incompreendida gera muita dor, assim utilizando a projeção o homem coloca de forma inconsciente sua culpa em outra pessoa. Tal fato explica o porquê todo homem moralista pode está escondendo sua culpa projetando em outra pessoa. Assim, seria bom antes de julgar qualquer pessoa fazer um autoexame meticuloso, para evitar a projeção. Posto que quem não deve não condena, tampouco julga o outro. Observe o exemplo de Cristo. Apenas silenciou não julgou a mulher e, não julgou a multidão apenas silenciou e venceu.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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