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O Julgar!

       Julgar é um ato bastante nocivo ao julgador, como também ao julgado. Posto que  julgador é um ser que ao julgar ( no sentido de condenar)  está se arvorando de uma superioridade que não existe.Visto que se existisse não haveria julgador. Portanto, o ato de julgar qualquer pessoa além de não produzir efeito prático corretivo, coloca o julgado na defensiva, porque é da natureza humana acreditar que sempre tem razão. No entanto, o homem tem uma natureza julgadora.Por isso a todo momento está julgando,e, muitas vezes julgando sem a correta informação sobre o que está julgando.
      No cristianismo existe uma reprovação  direta ao ato de julgar, não faltam mensagens combatendo o julgamento, vomo: "não julgueis  para que não sejais julgados" ou "na medida que julgais serás julgado". Jesus Cristo foi colocado a prova, quando uma multidão queria apedrejar Maria Madalena por adultério. Diante desta cena Jesus silenciou, depois afirmou: "Quem não tem  pecado atire a primeira pedra. Todos pararam!  Nenhuma pessoa atirou a pedra. Eis a comprovação  de que ninguém  pode ou deve  julgar o outro, a não ser que não tenha pecado...
       Contudo, Freud descreveu dois processos diante a culpa: transferência e projeção. A projeção  explica que a culpa incompreendida gera muita dor, assim utilizando a projeção  o homem coloca de forma inconsciente  sua culpa em outra pessoa. Tal fato explica o porquê todo homem moralista pode está escondendo sua culpa projetando em outra pessoa. Assim, seria bom antes de julgar qualquer  pessoa fazer um autoexame meticuloso, para evitar a projeção. Posto que quem não deve não condena, tampouco julga o outro. Observe o exemplo de Cristo. Apenas silenciou não julgou a mulher e, não julgou a multidão apenas silenciou e venceu.

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