' A ideia do pecado é uma estratégia utilizada pelas religiões para impor culpa ao ente humano, e, desta forma controlar o homem através do sentimento de angústia que se instala no coração do ser humano acorrentado a ideia de pecado. Mas, tudo começa com a auto consciência que permite ao ente humano saber que existe que faz parte do universo, que um dia findará...
No entanto, o ente humano não quer findar quer permanecer, quer perpetuar-se, fato bastante complicado. Visto que o homem não é eterno é um ser finito e mortal. Então surgiram as teologias, as filosofias criacionistas, os dogmas que criaram o conceito de pecado ligado ao dogma do pecado de Adão, (pecado original). Assim com a ideia do pecado ocorreram duas consequências: Controle ou manipulação do homem além da explicação para o morrer. Mas como o pecado entrou no mundo, haja vista, que Deus é perfeição absoluta, inteligência absoluta, como ? A genialidade da explicação como o pecado entrou no mundo é realmente fantástica, posto que retira Deus de cena e coloca em ação o primeiro homem, Adão, "feito a imagem e semelhança de Deus". Mas Adão não era deus. Assim, Adão tinha o atributo principal para ser o introdutor do pecado e da pecaminosidade no mundo.
Portanto, o conceito de pecado representa na verdade a ideia da pecaminosidade, da imperfeição, fato suficiente para justificar a morte fator desconcertante para as filosofias criacionistas e religiões. Contudo, com Adão ocorreu algo inusitado porque o pecado de Adão como muito bem salienta Soren Kierkgaard em seu livro conceito de angústia página 35: "Que o pecado entrou no mundo é bem verdade; mas não é deste modo que isso concerne a Adão. Expresso de maneira bem estrita e correta, há que dizer que, com o primeiro pecado, a pecaminosidade penetrou em Adão. De nenhum outro homem posterior nos ocorrerá dizer que, por seu primeiro pecado, a pecaminosidade tenha entrado no mundo, e contudo, ela ela entra no mundo através dele de modo semelhante (quer dizer, de um modo que não é essencialmente ); pois, expresso de modo estrito e correto, a pecaminosidade só está no mundo na medida em que é introduzida pelo pecado." Assim, Kierkgaard salienta que sempre que o homem peca introduz a pecaminosidade, mas só Adão é o introdutor da pecaminosidade, fato, determinante em sua história de vida, haja vista, Adão foi o pecador congelado no pecado, porque sua atuação foi marcada para sempre sem direito a absolvição, redenção. Mas, qual a diferença entre o pecado de Adão e o primeiro pecado de um homem? Adão representa a pecaminosidade humana, representa toda humanidade, enquanto o primeiro pecado de um homem representa apenas um desvio ético, moral deste homem. Visto que este homem não é paradigma para a humanidade.
Embora, o dogma do pecado original tenha um forte conteúdo mítico; uma vez que procura explicar ao ente humano os mistérios existenciais. Portanto, uma imensa parcela da humanidade acredita piamente na lenda da criação descrita no velho testamento. A história da humanidade mostra sábios que viviam esmagados pela ideia da pecaminosidade, obsessão do pecado, por exemplo: Santo Agostinho em suas confissões se autorepreendia por causa do pecado.Santo Agostinho via peça do até em recém nascidos. Desta forma, além da pecaminosidade, o pecado introduziu a culpa, o medo da condenação eterna, e, com a culpa surge o tormento, remorso, eis em linhas gerais uma pequena síntese sobre pecado.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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